
Ronaldo Caiado avaliou o cenário político e se colocou à disposição para disputar a presidência da República, o governador destacou ainda as iniciativas de assistência social e apoio à capacitação no Estado
Nesta segunda-feira (14), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), foi o entrevistado do programa Pânico, da Jovem Pan. Durante a entrevista, o governador declarou que pretende colocar seu nome como pré-candidato a presidente do Brasil, em 2026, pelo União Brasil.
No programa, Caiado disse que “bandido não cresce em Goiás”. Na perspectiva do chefe Executivo estadual, os avanços na segurança no Estado são resultados da integração das forças policiais, da aplicação de tecnologia avançada, da gestão de informações e da atuação de batalhões especializados com autonomia.
“Temos segurança no Estado, todo mundo é livre para transitar por todos os lugares”, frisou Caiado.
Ele acentuou que houve redução das ocorrências de roubos tanto nas cidades como nas zonas rurais, bem como a erradicação dos assaltos a instituições bancárias, que ficou conhecido no estado como o “novo cangaço”, quando os criminosos atuavam nos municípios com pouca força policial.
Programas sociais
Ronaldo Caiado abordou ainda os investimentos públicos na aérea educacional e nos programas sociais. “Me preocupei em romper o ciclo da pobreza em Goiás. Pelas estatísticas, 70% dos filhos de pobres caminham para a pobreza, daí, cada vez mais pessoas se tornam dependentes de cartões e benefícios”, citou.
Para o governador, essas ações são emancipatórias e devem resultar no fim da miséria em Goiás. Ele citou que há atenção do Estado para os pequenos produtores e assentados, que recebem apoio para produzir alimentos, conforme a vocação de cada região.
O governador lembrou da sua primeira candidatura a presidente da República, em 1989, disse que a população busca alguém que tenha independência moral para governar o país. “Eu aprendi muito com aquela derrota. Tive a capacidade de debater com os principais nomes da política nacional. Hoje, porém, o que eu enxergo neste momento é que a população está atrás não é daquele cidadão que fica desenhando cenários que nunca implantou, ou seja, aqueles teóricos de papel. Então, eu vejo que a população busca o quê? Quem tem independência moral para governar, quem tem capacidade de, ao chegar no governo, colocar rumo na gestão”, declarou.
Na sua avaliação, o União Brasil deverá lançar um candidato à sucessão do presidente Lula. “Todo partido terá um candidato, e, como todos sabem, eu sou de um partido, que é um partido grande, que terá pré-candidato também. Lógico que eu vou pleitear, dentro dessa discussão, uma pré-candidatura, lá em 2026”, pontuou.
Caiado ainda avaliou os nomes que podem liderar as discussões políticas no âmbito da direita, principalmente após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). “De fato, o Tarcísio [de Freitas] saí lá na frente. É um bom gestor, é inteligente, governa o maior colégio eleitoral do Brasil; o Zema é o terceiro maior colégio eleitoral do país, é de um estado por onde passa a política. Agora, a candidatura propriamente dita ela vai depender como vai ser o caminhar da carruagem. Obviamente, vão sair vários candidatos. A partir daí você vai vendo quem está deslanchando na campanha. Tudo vai depender da nossa própria capacidade de enfrentar o debate dentro do processo, e, claro, de mostrar tudo aquilo que realizamos enquanto governador de Goiás”, comentou.
O governador ainda reconheceu a força política de Jair Bolsonaro e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve disputar a reeleição em 2026. “Bolsonaro é um cabo eleitoral fortíssimo. Quem é que não quer o apoio dele? Agora, ele também vai ter a habilidade de perceber – porque não é apenas uma mão sobre um nome – se essa candidatura tem musculatura e coluna vertebral para suportar e disputar a campanha eleitoral com possibilidade de vencer o pleito. Não é jogo de amador”, argumentou Ronaldo Caiado.