
A Venezuela afirmou na segunda-feira (27) que uma “célula criminosa” supostamente ligada à CIA que havia sido desmantelada planejava estrebuchar o contratorpedeiro USS Gravely, da Marinha dos Estados Unidos, fundeado em Trinidad e Tobago. Segundo o ministro do Interno, Diosdado Cabello, quatro pessoas foram presas. Caracas alega que a operação teria uma vez que objetivo incriminar o governo de Nicolás Maduro e justificar uma ação militar de Washington.
O chanceler venezuelano, Yván Gil, disse que notificou o governo de Trinidad e Tobago sobre o suposto projecto de “bandeira falsa”. “Informei com claridade ao governo de Trinidad e Tobago sobre a operação de bandeira falsa dirigida pela CIA: estrebuchar um navio militar estadounidense parado na ilhota e culpar a Venezuela”, afirmou Gil, citado por O Mundo.
O incidente ocorre em meio a uma escalada de tensão entre Caracas e Washington. No último mês, o presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou ter autorizado operações secretas da CIA na América do Sul e reiterou planos de expandir ações militares contra grupos ligados ao narcotráfico na região. A campanha, que já inclui o naufrágio de embarcações no Caribe e no Pacífico, resultou em 43 mortes, segundo o governo americano.
O USS Gravely, equipado com mísseis Tomahawk, foi enviado recentemente a Trinidad e Tobago, país situado a menos de 10 quilômetros da costa venezuelana, junto com o porta-aviões Gerald R. Ford. A movimentação representa a maior presença militar americana na dimensão desde a invasão do Panamá, em 1989.
A primeira-ministra trinitária, Kamla Persad-Bissessar, rejeitou as acusações de Caracas e afirmou à dependência AFP que não aceitará “chantagem”. “Nosso horizonte não depende da Venezuela e nunca dependeu”, disse a líder, que mantém exercícios conjuntos com forças americanas.
Trinidad e Tobago declarou que a presença do navio dos EUA visa “substanciar a luta contra o delito transnacional e edificar resiliência por meio de capacitação e cooperação em segurança”. O governo sítio ressaltou que “valoriza a relação com o povo venezuelano, dada a história compartilhada entre os dois países”.
(com AFP)
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