A Polícia Social do Rio Grande do Sul identificou, até o momento, 13 vítimas do legisperito e ex-professor de uma universidade gaúcha, recluso temporariamente em Porto Satisfeito (RS) por suspeita de praticar crimes sexuais.
Segundo a delegada Fernanda Campos Hablich, a prisão foi solicitada posteriormente a polícia detectar que as vítimas estavam com pavor de relatar as violências sofridas, já que o investigado estava em liberdade. “São abusos sexuais sistemáticos, que acontecem há muitos anos”, explicou Hablich.
Entre as vítimas, estão mulheres de fora do estado gaúcho.
Investigações
A investigação começou no dia 2 de setembro, posteriormente a polícia receber uma denúncia anônima. Conforme a delegada, estão sendo apurados crimes de natureza psicológica, física e sexual.
Neste mês, Conrado Paulino da Rosa foi desligado da FMP (Instalação Escola Superior do Ministério Público), instituição onde lecionava.
Em enviado, a instituição afirmou que a decisão ocorreu “em caráter administrativo, conforme previsto no regimento interno da FMP, sem a realização de pensamento antecipado sobre eventuais responsabilidades relacionadas a fatos externos” à universidade.
Nas redes sociais, Conrado afirmou encarregar que “a verdade dos fatos se sobressairá” e disse repudiar “qualquer forma de violência contra a mulher”.
Prisão
Conrado Paulino da Rosa foi recluso temporariamente nesta sexta-feira (26) pela Polícia Social. Em nota, a corporação informou que “todas as diligências necessárias para a elucidação dos fatos estão sendo rapidamente providenciadas”.
Em nota, a resguardo do legisperito disse considerar a prisão “desproporcional”. Confira na íntegra:
“A resguardo de Conrado Paulino da Rosa considera a prisão temporária uma medida desproporcional, visto que ele vinha cumprindo rigorosamente todas as determinações judiciais. Diante disso, ingressará com pedido de Habeas Corpus (HC) junto ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TORS). Ressalta-se, ainda, que Conrado não foi ouvido, até o momento, nem teve a oportunidade de apresentar suas provas perante a domínio policial.”
