
Autoridades lavraram 60 autos de infração, cujo valor estimado é em torno de R$ 300 mil
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou, entre os dias 6 a 8 de dezembro, uma operação contra o trabalho escravo em Anicuns, município a 84 quilômetros de Goiânia. A ação foi desencadeada após uma denúncia anônima apontar irregularidades em cinco empresas da cidade. Após fiscalização das autoridades, foi concluído que 168 trabalhadores rurais não estavam em trabalho análogo ao escravo, mas que as condições de trabalho eram precárias e exigia regularização.
A ação conjunta da PRF, Ministério do Trabalho e Previdência e Ministério Público do Trabalho (MPT) lavrou 60 autos de infração, cujo valor estimado é em torno de R$ 300 mil. As empresas têm de pagar R$ 125 mil de verbas rescisórias aos trabalhadores.
Durante a operação, também houve a interdição de máquinas de processamento de madeira e de uma frente de trabalho de extração de eucaliptos.
Trabalho escravo
A PRF informa que o trabalho escravo se caracteriza por situações de trabalho similares à escravidão, com jornada exaustiva, trabalho forçado, condições degradantes e servidão por dívida. As propostas de trabalho normalmente são feitas mediante fraude, ameaças, violência física ou psicológica.
Antes de aceitar uma proposta de emprego, as pessoas devem se informar sobre a seriedade da empresa, qual a carga horária e o salário oferecido, bem como se o local de trabalho é adequado. Em caso de denúncia, é possível utilizar o Disque 100, fazer contato com o Ministério Público do Trabalho por meio do site: www.prt2.mpt.mp.br ou com a PRF, pelo 191.