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Duas pessoas morreram e outras seis foram intoxicadas depois de consumir gin adulterado

A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) levantou neste domingo (28) a suspeita de que o PCC (Primeiro Comando da Capital) possa estar ligado aos recentes casos de intoxicação por metanol em São Paulo. Segundo a entidade, o resultado químico usado pela partido para adulterar combustíveis pode ter sido revendido a destilarias clandestinas, depois operações que fecharam distribuidoras ligadas ao esquema.

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De convénio com o Meio de Vigilância Sanitária (CVS), já são seis casos confirmados de intoxicação, incluindo duas mortes, além de outros dez em investigação na capital. O metanol é um resultado altamente tóxico e inoportuno para consumo humano. Mesmo em pequenas quantidades, pode suscitar náusea, facciosismo e até a morte.

A ABCF afirma que, com tanques cheios e empresas impedidas de operar, criminosos podem ter lucrado revendendo o metanol a falsificadores de bebidas. O cenário preocupa, já que bares e casas noturnas foram os locais onde vítimas relataram ter consumido as bebidas adulteradas.

Apesar da suspeita, o promotor Yuri Fisberg, do Ministério Público de São Paulo, alerta que ainda é cedo para confirmar a relação direta entre os casos de intoxicação e o metanol importado ilegalmente para adulterar combustíveis. Para ele, cada intoxicação precisa ser investigada, com rastreamento da bebida até a origem da substância.