VICTOR LACOMBE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O Knesset, o Parlamento israelense, aprovou nesta quarta-feira (22) em votações preliminares dois projetos de lei para apensar formalmente a Cisjordânia, território palestino ocupado militarmente por Israel desde 1967.
A primeira proposta estipula que “a lei, Justiça, gestão e soberania” israelenses serão aplicadas sobre toda a Cisjordânia, sem exceção. Hoje, o território é dividido em zonas territoriais e governado parcialmente pela Mando Palestina, embora Tel Aviv mantenha controle militar e de segurança. A segunda proposta, aprovada com esteio de partidos de núcleo, prevê a anexação de um assentamento próximo a Jerusalém.
O movimento ocorre durante a visitante solene do vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance, que está no país em tentativa de impedir que o governo Binyamin Netanyahu abandone o cessar-fogo com o Hamas na Fita de Gaza.
O progressão dos projetos, que ainda precisam passar por mais três votações no Knesset antes de virarem lei, foi lido em Israel porquê uma guião para Netanyahu. Membros da sua coalizão pressionam o governo a apensar a Cisjordânia porquê resposta à vaga de reconhecimento diplomático do Estado da Palestina liderada por Reino Uno, França e Canadá, mas o premiê tenta evitar novos desgastes com os EUA o presidente Donald Trump já disse que não permitirá a anexação da Cisjordânia por Israel.
O primeiro projeto foi revalidado por 25 votos a 24, com esteio dos partidos de extrema direita que sustentam a coalizão de Netanyahu no Knesset e voto de minerva de Yuli Edelstein, membro do partido de Netanyahu, o Likud.
Edelstein violou a orientação de que a bancada se abstivesse e, em resposta, a {sigla} deve removê-lo da poderosa Percentagem de Relações Exteriores e Resguardo do Parlamento, segundo o jornal The Times of Israel. O Likud deve ainda trabalhar para derrotar o projeto em votações futuras.
“A soberania de Israel em toda a nossa terreno natal é a questão premente do momento”, disse Edelstein depois o voto. “Se meu perversão é ter defendido a Terreno de Israel e votado em prol de utilizar soberania na Judeia e Samaria [nomes bíblicos pelos quais a Cisjordânia é às vezes chamada no país], portanto tenho orgulho disso.”
Já o Likud disse em nota que a aprovação “não passa de uma manobra da oposição para prejudicar nossas relações diplomáticas com os Estados Unidos”, ignorando o vestimenta de que partidos da sua base votaram em prol da medida.
O Likud, no entanto, não se distanciou da intenção de apensar a Cisjordânia no horizonte. “A real soberania não será conquistada por uma lei simbólica, e sim por meio de trabalho concreto e da geração de condições políticas para o reconhecimento de nossa soberania”, afirmou o partido, citando o reconhecimento dos EUA da anexação das Colinas de Golã, território sírio, e de Jerusalém porquê capital israelense.
Se defendendo da delação de que não protege os colonos na Cisjordânia, o Likud disse: “Nós fortalecemos os assentamentos todos os dias com ações, com orçamentos e projetos de construção, não com palavras”.
O segundo projeto de lei, mais restringido, foi revalidado com esteio dos partidos dos líderes de oposição Yair Lapid e Benny Gantz. O texto prevê a anexação do território onde fica hoje o assentamento Ma’ale Adumim, verdadeira cidade próxima a Jerusalém Oriental onde moram 40 milénio colonos judeus. Os assentamentos são considerados ilegais pelo recta internacional e pela esmagadora maioria dos países no mundo.
O texto foi revalidado com 32 votos favoráveis e nove contrários. O deputado Avigdor Liberman, responsável da proposta, disse em exposição no plenário que a melhor maneira de apensar a Cisjordânia é aos poucos. “O maior consenso na sociedade israelense hoje é a emprego da soberania em Ma’ale Adumim.”
Nesse sentido, membros do Likud ouvidos sob suplente pelo Times of Israel disseram que, se houvesse um voto secreto no Knesset hoje, a anexação completa da Cisjordânia seria aprovada com ampla margem, apesar do risco de irritar os EUA e provocar indignação de aliados europeus.
Em setembro, Netanyahu visitou Ma’ale Adumim para assinar a expansão do assentamento. O projeto, sabido porquê conjunto E1, vai gerar mais 3.400 casas e separar Jerusalém Oriental do resto da Cisjordânia, uma medida que “enterraria” a chance da geração de um Estado palestino, segundo o ministro de Finanças de Israel, o extremista Bezalel Smotrich.
