Megaoperação policial contra o Comando Vermelho (CV), a mais fatal da história do Rio, deixou ao menos 64 mortos, sendo quatro policiais

Moradores do Multíplice da Penha, na zona setentrião do Rio de Janeiro, relataram sinais de execuções sumárias entre os mortos encontrados depois a megaoperação policial realizada na região.

Segundo informações do UOL, segmento dos corpos — localizados em uma extensão de mata — apresentava tiros na nuca, nas costas e marcas de facadas.

Durante a madrugada, mais de 60 corpos foram enfileirados na rossio São Lucas, dentro do multíplice. Segundo o portal, os mortos apresentavam ferimentos visíveis na cabeça e nas pernas. Outras seis vítimas foram levadas por moradores em uma Kombi até o Hospital Estadual Getúlio Vargas, também na Penha.

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As vítimas foram retiradas da mata por moradores e pelo Corpo de Bombeiros, sem a presença da Polícia Social no sítio.

O transporte foi feito com rabecões da Resguardo Social, que começaram a recolher os corpos por volta das 9h. Cada veículo tem capacidade para transportar até seis vítimas por vez.

O Instituto Médico-Lícito (IML) do Rio foi fechado temporariamente para receber exclusivamente os corpos das vítimas da operação. Segundo a Polícia Social do Rio (PCERJ), outros casos de necropsia estão sendo transferidos para o IML de Niterói.

A operação, batizada de Contenção, é a mais mortífero da história do estado. Até o momento, o governo do Rio contabiliza 72 mortos, entre eles, quatro policiais.

A operação foi deflagrada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Germânico, com o objetivo de desarticular o Comando Vermelho (CV). A ação mobilizou 2.500 agentes das polícias Social e Militar e resultou em confrontos que se estenderam por toda a zona setentrião do Rio.

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