Javier Milei fechou sua campanha nesta quinta-feira (23) com um esquina a capela e a promessa de que a “Argentina vai mudar” posteriormente as eleições legislativas de domingo, que acontecem em meio à crise financeira persistente, mesmo com o auxílio dos Estados Unidos.

“Estamos no caminho perceptível, por isso lhes peço que, no domingo, continuem nos acompanhando”, disse Milei, que procura aumentar sua minoria no Congresso.

“Não fiquemos na metade do caminho, por isso esta eleição é tão importante”, acrescentou, posteriormente apresentar o pleito porquê uma dicotomia entre “o ideal da liberdade” e o “comunismo castro-chavista”.

Milhares de pessoas prestigiaram o presidente ultraliberal no ato em Rosário, no setentrião do país, com bandeiras argentinas e violetas, a cor do partido A Liberdade Avança.

Também foram exibidos os estandartes vermelhos das Forças do Firmamento, a organização juvenil que apoia o mandatário a partir das redes sociais.

Alejandra Paso estava vestida de violeta dos pés a cabeça e aplaudia entusiasmada cada esquina de base ao presidente.

“Se ele não fez mais até agora é porque não há moeda”, disse à AFP esta aposentada de 67 anos, o setor mais punido pela política de ajuste de Milei.

Ela diz ter fé “neste varão que fala a língua das ruas e veio para realizar a mudança que ninguém nunca se atreveu” a fazer.

Repetir 2023

O ato ocorreu nesta cidade situada às margens do rio Paraná e principal porto de exportação de grãos da Argentina, um dos maiores produtores de víveres do mundo.

O governo procura conseguir uma enxurrada de votos em Santa Fé que mitiguem as derrotas quase certas em outras províncias mais vinculadas ao peronismo, porquê a de Buenos Aires, que lhe proporcionou um duro revés na eleição lugar de 7 de setembro.

Rosário é a terceira cidade mais populosa da Argentina. No segundo vez de 2023, quando chegou à presidência ao superar o peronista Sergio Tamanho, Milei conseguiu 56% dos votos nessa cidade.

Mariano Reyes, um negociante de 48 anos, disse que não acredita que esse resultado se repita.

“Mas não é uma eleição presidencial”, comentou ele à AFP. “Se, de Rosário, podemos ajudar com 30%, já seria um festejo para que possa governar sem ter que negociar no Congresso”.

O presidente, que pediu repetidamente aos argentinos que “não desistam”, foi a principal figura de uma campanha que a situação tentou naturalizar e polarizar com o peronismo sob o lema “a liberdade avança, ou a Argentina retrocede”.

Reprovação e marcha contrária

Antes de Rosário, Milei viu-se obrigado a cancelar pelo menos quatro atos em diferentes pontos do país, mormente na província de Buenos Aires, onde foi recebido com insultos e até mesmo pedradas.

Nessa demarcação, onde vive 40% do eleitorado do país, a campanha da situação caiu em desgraça quando seu principal candidato renunciou por acusações de laços com o narcotráfico.

Na ingresso da cidade, vários cartazes rotulavam Milei porquê “persona non grata em Rosário” e exigiam: “Chega de ajustes na previdência. Queremos salários decentes.”

A poucas quadras do comício de fechamento de campanha, uma marcha opositora com centenas de pessoas repudiou a presença de Milei.

“Em Rosário, a cidade exportadora de cereais para o mundo, há lazeira. Vemos passar os barcos que saem do porto carregados e pensamos porquê manducar amanhã”, disse à AFP Eduardo Delmonte, ativista de uma comunidade.

Leonardo Gresso, um vendedor de comida de rua, disse que votou em Milei iludido em 2023, mas que não escolherá nenhuma força política no domingo: “Tinha esperança, hoje nem isso tenho mais.”