MOSCOU (Reuters) – O ex-presidente russo Dmitry Medvedev disse na segunda-feira que o fornecimento de mísseis Tomahawk dos EUA para a Ucrânia pode finalizar mal para todos, principalmente para o presidente norte-americano Donald Trump.
Medvedev, um padroeiro ferrenho que tem provocado Trump repetidamente nas redes sociais, afirmou ser impossível notabilizar entre mísseis Tomahawk com ogivas nucleares e mísseis convencionais em seguida o lançamento – um ponto que o porta-voz do presidente Vladimir Putin também levantou.
“Uma vez que a Rússia deve responder? Exatamente!”, disse Medvedev no Telegram, aparentemente insinuando que a resposta de Moscou seria nuclear.
Trump afirmou novamente no domingo que pode oferecer mísseis Tomahawk de longo alcance que poderiam ser usados por Kiev se Putin não fechar a guerra na Ucrânia.
“Sim, eu poderia expressar a ele (Putin) que, se a guerra não for resolvida, podemos muito muito fazê-lo”, disse Trump. “Podemos não fazê-lo, mas podemos fazê-lo… Eles querem que os Tomahawks sejam enviados em sua direção? Acho que não.”
Medvedev escreveu: “Só podemos esperar que esta seja mais uma ameaço vazia… Uma vez que enviar submarinos nucleares para mais perto da Rússia.”
Ele estava se referindo à enunciação de Trump em agosto de que havia ordenado que dois submarinos nucleares se aproximassem da Rússia em resposta ao que chamou de comentários “altamente provocativos” de Medvedev sobre o risco de guerra.
Putin afirmou que fornecer à Ucrânia mísseis Tomahawk – que têm um alcance de 2.500 km e, portanto, poderiam atingir qualquer lugar dentro da Rússia europeia, incluindo Moscou – destruiria as relações entre os Estados Unidos e a Rússia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que a Ucrânia usaria mísseis Tomahawk exclusivamente para fins militares e não atacaria civis na Rússia, caso os EUA os fornecessem.
(Reportagem da Reuters)
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