O Senado vai debater, nesta quarta-feira (15), em audiência pública, a crise provocada pela circulação de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol no país.
A audiência, de proposta do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), será feita pelas comissões de Assuntos Sociais e Direitos Humanos.
Trad sugeriu que participem do encontro representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa (Escritório Pátrio de Vigilância Sanitária), da Receita Federalista, da Senacon (Secretaria Pátrio do Consumidor), da PF (Polícia Federalista) e da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).
Segundo o senador, o debate é relevante para buscar meios de prometer a rastreabilidade e segurança do consumo de bebidas. Isso incluí a discussão sobre a retomada de um sistema de rastreabilidade semelhante ao macróbio Sicobe (Sistema de Controle de Produção de Bebida).
Ainda é defendido por Trad ser preciso pensar num sistema modernizado, com recursos tecnológicos que permitam ao consumidor verificar, por meio de seu celular, a proveniência e a regularidade do resultado adquirido.
“O objetivo é evidente: coibir a produção clandestina, fortalecer a fiscalização, dar mais crédito ao consumidor e confirmar que a saúde pública esteja sempre em primeiro lugar. Por isso, peço o base dos colegas para que possamos promover esse debate, reunindo autoridades sanitárias, especialistas, representantes do setor produtivo e órgãos de resguardo do consumidor, em procura de soluções efetivas para nascente grave problema”, disse Trad.
Também foi sugerida a participação do vice-ministro da Indústria e Transacção do governo da República Dominicana, Ramón Péres Fermin.
O senador argumentou que o país caribenho enfrentou crise semelhante com relação ao mercado de falsificação de bebidas e conseguiu moderar o problema com um sistema de rastreabilidade.
Na última segunda-feira (13), o Ministério da Saúde confirmou 32 casos de intoxicação por metanol posteriormente consumo de bebidas alcoólicas no Brasil. Até momento, foram registradas 213 notificações e 181 casos seguem em investigação.
*Publicado por Douglas Porto, com informações da Escritório Senado
