
Com o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos importados brasileiros, o Brasil corre o risco de perder espaço no maior mercado consumidor de moca do mundo a partir das próximas safras e ser substituído por outros fornecedores.
O alerta é do diretor executivo do Recomendação dos Exportadores de Moca do Brasil (Cecafé), Marcos Matos. “O grande receio é perder o maior mercado global, onde estão as principais empresas. É um prejuízo enorme perder o chegada ao maior mercado global para seus concorrentes”, afirmou Matos, em entrevista exclusiva ao Broadcast nas Redes.
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Diante da sobretaxa que atinge o moca brasílio, outros países, porquê México, Honduras e Colômbia, passaram a exportar maior volume aos Estados Unidos.
“Levamos muito tempo para ocupar o primeiro lugar no mercado americano. Com novas safras vindo e perspectiva de maior colheita em importantes players, o grande risco é o Brasil ser o maior fornecedor e depois ir para o término da fileira e perder espaço nos blends deste grande mercado, quando a produção mundial de moca aumentar. O caminho é resolver isso o mais rápido verosímil”, observou Matos.
O Brasil, por sua vez, redirecionou secção do que deixou de vender aos EUA para países europeus, árabes e asiáticos, minimizando efeitos sobre a balança mercantil do setor em movimento de realocação no mercado mundial. No aglomerado de janeiro a setembro, o Brasil exportou 29,105 milhões de sacas, queda de 20,5% em relação aos nove meses de 2024, enquanto a receita gerada saltou 30%, para US$ 11 049 bilhões.
Com a emprego da alíquota , os Estados Unidos saíram de principal orientação do moca brasílio em julho, antes da vigência da sobretaxa, para o terceiro orientação em setembro, perdendo o posto de maior importador de cafés do Brasil para a Alemanha. Segundo o Cecafé, os impactos para os exportadores de moca são “incalculáveis”.
“Há um prejuízo enorme com dispêndio de postergação de contratos e suspensão e cancelamento de contratos, por isso, não temos outra estratégia se não a isenção totalidade aos cafés brasileiros. Se não resolvermos isso o mais rápido verosímil, além dos exportadores, os impactos chegarão aos produtores”, apontou o CEO do Cecafé.
Dados do juízo apontam para queda de 52,8% nos embarques do grão ao mercado norte-americano em setembro, adquirindo 332.831 sacas. No ano pretérito, a exportação brasileira de moca para os EUA somaram 8,1 milhões de sacas e US$ 2 bilhões, 16% de tudo o País exportou.
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“O aumento de 40% no preço internacional do moca somado à tarifa de 50% sobre o grão brasílio inviabiliza os embarques”, apontou. O Brasil responde por 34% de tudo que os Estados Unidos consome de moca. “76% dos americanos consomem moca diariamente. São dois países insubstituíveis no negócio de moca”, pontuou o diretor-executivo do Cecafé.
O setor exportador defende que o moca seja incluído na lista de exceções ao tarifaço. As sinalizações dos importadores é de que o resultado é o item número 1 na lista, segundo Matos, para potenciais novas exceções.
A lisura de diálogo entre os países que começou com a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Donald Trump, e a missão diplomática brasileira ao governo americano, pode contribuir nesse movimento, segundo Matos.
“Talvez seja factível a suspensão universal da tarifa ou a ampliação da lista. O importante é virar a página das tarifas”, defendeu o CEO do Cecafé.
O impacto inflacionário do encarecimento do moca, que registrou em agosto a maior subida no varejo americano desde 1997 nove vezes superior à média, muito porquê os efeitos já sentidos pelos consumidores e o término do estoque da indústria lugar influenciam ainda no convencimento das autoridades e na pressão da opinião pública para isenção do moca, avalia o Cecafé.
Em paralelo, o setor procura também a diversificação de mercados. Para Matos, os movimentos de preservação de mercados consolidados, porquê Estados Unidos e Europa, e a lisura de novos destinos são pautas distintas que não devem se sobrepor.
China e Austrália despontam entre os países em incremento do consumo do grão brasílio.
Nesse cenário de escalada tarifária, estoques mundiais baixos e incertezas quanto à novidade safra, os preços do grão tendem a seguir elevados no mercado internacional pelo menos até o término do ano.
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