Por Carliane Gomes*

redacao@grupojbr.com

Depois de dias de calor intenso e tempo sequioso, o Região Federalista deve registrar um ligeiro consolação nas temperaturas e aumento na umidade do ar a partir desta semana. Segundo o Instituto Pátrio de Meteorologia (Inmet), há subida verosimilhança de chuvas isoladas entre segunda e quarta-feira (13 a 15 de outubro), com intensidade variando de fraca a moderada. “As condições meteorológicas indicam subida verosimilhança de chuvas isoladas. Essas chuvas devem ocorrer de forma irregular e localizada, uma vez que é geral neste período de transição”, informou o Inmet.

De tratado com o instituto, as temperaturas mínimas devem variar entre 19°C e 22°C, enquanto as máximas podem inferir até os 33°C ao longo da semana. A umidade relativa do ar, que tem permanecido baixa, deve encetar a subir gradualmente nos próximos dias. “Durante o termo de semana, a umidade relativa do ar deve seguir o padrão típico da estação, com valores mínimos em torno de 25% e máximos próximos de 65%. No início da próxima semana, a aproximação de áreas de instabilidade deve propiciar a elevação dos índices de umidade, com máximos que podem chegar a 90% e mínimos próximos de 50%”, explicou o órgão.

Aliás, a instabilidade observada no estado de Goiás deve chegar à capital. “As instabilidades devem progredir em direção ao Região Federalista nos próximos dias, aumentando a verosimilhança de ocorrência de chuvas isoladas”, destacou o Inmet. O instituto reforça que o DF está se aproximando do início do período pluvial, que deve se intensificar nas próximas semanas. “A partir da segunda quinzena de outubro, é esperado um aumento gradual na ocorrência de chuvas isoladas no Região Federalista. De modo universal, as chuvas passam a se tornar mais regulares a partir de novembro, marcando o início efetivo do período pluvial”, pontuou. 

Entre os principais indicadores dessa transição, o Inmet cita a elevação da umidade do ar, o aumento da temperatura, a maior nebulosidade e a ocorrência de chuvas localizadas, por vezes acompanhadas de rajadas de vento. Por termo, o órgão informou que os índices atuais estão dentro do comportamento histórico esperado para esta era do ano. “As temperaturas e os índices de umidade observados em outubro deste ano estão dentro do comportamento esperado para o período”, concluiu o Inmet.

Período de transição 

A meteorologista Andrea Ramos explica que o retorno das chuvas está associado ao deslocamento de uma frente fria que avança pelo país e deve influenciar o tempo no Região Federalista. Segundo ela, embora o sistema não atinja diretamente a região, o aumento da umidade em outros níveis favorece as chuvas, com previsão para o início e o meio da semana. A profissional destaca ainda que o DF deve registrar chuvas de segunda-feira (13) até quinta-feira (16), com possibilidade ainda na sexta-feira (17). “A nebulosidade vai aumentar e deve permanecer subida no transcurso da semana. Vai ser uma semana realmente chuvosa”, afirmou.

Andrea lembra que o mês de outubro marca a transição entre o período sequioso e o pluvial, com características típicas da primavera. Ela explica que, apesar das temperaturas continuarem elevadas, há aumento da umidade e da nebulosidade, o que provoca pancadas de chuva no final da tarde, frequentemente acompanhadas de trovoadas, rajadas de vento e possibilidade de saraiva. “Essa previsão está adequada para segunda e terça, principalmente”, pontuou. A meteorologista observa que o aumento da umidade está relacionado à convergência de ventos úmidos vindos da Amazônia. “Em outubro, a partir da próxima semana, já teremos um retorno gradual das chuvas”, disse.

Segundo ela, o país está em um momento de neutralidade climática, requisito em que não há influência nem do El Niño nem da La Niña. Essa neutralidade, explica, favorece o comportamento típico das estações. A profissional acrescenta que há tendência de formação de um evento La Niña nos próximos meses, o que pode reduzir as temperaturas. “Há tendência de formação de uma La Niña a partir do final de outubro. Ainda assim, para a região médio, não há um sinal definido. De qualquer forma, ela tende a propiciar a subtracção das temperaturas, já que as chuvas costumam amenizar o calor intenso”, completou.