A voz que atravessou gerações e se tornou sinônimo de samba volta a Brasília neste sábado (11). Alcione apresenta o espetáculo “A Diva do Samba”, no Meio de Convenções Ulysses Guimarães, às 21h, em uma noite que promete emocionar o público com clássicos, novidades e homenagens aos 50 anos de uma trajetória marcada por autenticidade, potência e emoção.
Originário de São Luís (MA), Alcione construiu sua curso no Rio de Janeiro, mas faz questão de manter viva a relação com suas raízes. “Moro e senhor o Rio de Janeiro, finalmente foi a cidade que me recebeu de braços abertos e me catapultou para o sucesso. Mas não abandonei as minhas origens, e o Maranhão estará sempre comigo aonde eu estiver”, afirma.

Essa relação com a cultura maranhense se reflete na heterogeneidade de influências musicais que moldaram seu estilo. Da bossa novidade ao jazz, passando pelos boleros e pela música francesa, Alcione sempre transitou entre gêneros sem perder a identidade. “Cresci ouvindo de tudo, e acho que música boa é aquela que nos emociona, independentemente do gênero a que pertença”, explica.
No repertório do show em Brasília, os fãs podem esperar uma mistura equilibrada entre grandes sucessos e canções inéditas. Entre as novas faixas está “Marra de Feroz”, do seu álbum mais recente, intitulado Alcione. “É um público muito privativo, que sempre me recebeu com muito carinho. Portanto, só poderia pensar em um espetáculo que fosse capaz de retribuir esse afeto”, conta a artista.

E, evidente, a icônica Não Deixe o Samba Morrer não ficará de fora. A cantiga, lançada em 1975, tornou-se um verdadeiro hino do gênero. “Essa é uma daquelas canções que não podem, de jeito qualquer, ficarem de fora dos roteiros dos meus shows”, revela a cantora, lembrando que a música ficou 22 semanas nas paradas de sucesso da era.
O espetáculo também revisita o repertório do show rememorativo de seu cinquentenário e inclui momentos especiais, porquê a regravação de “Evidências”, hit de Chitãozinho & Xororó que Alcione decidiu incorporar depois um incidente curioso. “A teoria surgiu depois dos memes que viralizaram quando eu disse, no Domingão do Faustão, que adorava essa música, mas não sabia a letra. Foi o suficiente pra isso lucrar as redes! Daí resolvi aprender e taí…”, brinca.
Com dezenas de discos de ouro e platina, a maranhense segue movida por novos projetos e gratidão. “Ter conseguido ultrapassar esses 50 anos de curso prestigiada por uma legião de fãs que me segue até hoje só pode ser motivo de muita alegria. Isso me dá ainda mais certeza de que escolhi a profissão certa”, diz.
Em tempos em que o samba ainda procura espaços igualitários, Alcione reflete sobre o caminho que trilhou porquê mulher em um envolvente majoritariamente masculino. “Sou mulher que enfrenta os desacatos. Enfrentei muitos desafios, mas os encarei sempre de cabeça erguida”, afirma com a firmeza de quem abriu portas para muitas outras vozes femininas no gênero.
Com sua presença inconfundível e repertório repleto de emoção, Alcione promete transformar a noite brasiliense em uma verdadeira celebração à música, à resistência e ao paixão pelo samba.
Alcione – A Diva do Samba
Data: sábado, 11 de outubro de 2025
Horário: 21h (rombo dos portões às 19h)
Sítio: Meio de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília (DF)
Ingressos: Bilheteria Digital | Ingressos ALCIONE A DIVA DO SAMBA
