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A novidade proposta para gerar um registro de especialistas veterinários será tema de uma audiência pública no dia 14 de novembro. A iniciativa partiu do recomendação federalista da categoria e divide opiniões no setor. Representantes do segmento alertam para os riscos de canibalização da curso.

A minuta da solução estabelece critérios objetivos para a licença do Registro de Qualificação de Perito (RQE), documento que seria obrigatório por meio de cadastro realizado no Sistema CFMV/CRMVs.

Entre os principais requisitos estaria a exigência de matrícula ativa no recomendação regional (CRMV) e a comprovação de título de profissional emitido por entidade habilitada, programas de residência ou especialização reconhecida. Haveria também uma padronização pátrio do processo de emissão e validade. A novidade norma também prevê medidas para prometer a transparência e a atualização contínua dos registros.


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Audiência sobre registro de especialistas veterinários terá transmissão ao vivo

A audiência sobre o registro de especialistas veterinários acontecerá a partir das 9h, no auditório do CFMV, localizado em Brasília (DF). Está programada a transmissão ao vivo pelo canal oficial do conselho no YouTube, permitindo a participação de profissionais e entidades de todas as regiões do país.

O evento dá sequência ao processo de diálogo iniciado durante a consulta publicada realizada entre junho e julho de 2025, quando a entidade abriu espaço para que profissionais do setor e a sociedade enviasse contribuições sobre os critérios de reconhecimento de especialistas.

A taxa do encontro deve incluir temas uma vez que critérios para reconhecimento de especialidades, exigência de títulos acadêmicos, comprovação de experiência profissional, trouxa horária mínima de formação, validação de sociedades de especialidades e prazo de validade do registro. “Queremos substanciar o compromisso da instituição com a transparência e a construção coletiva de políticas profissionais”, argumenta a presidente do recomendação, Ana Elisa Almeida.

Cautela entre conselhos, críticas de associação de hospitais

Já entre os conselhos regionais, há base ao debate, mas também cautela. O CRMV-SP, por exemplo, alerta que critérios rígidos demais podem excluir profissionais do interno ou com menor aproximação a programas de residência e pós-graduação. “Defendemos a regulamentação, desde que garanta isonomia e viabilidade em todo o país”, comenta a presidente Fernanda Souza.

Rodrigo Rabelo, CEO da rede Intensivet e diretor científico da Associação Brasileira de Hospitais Veterinários (ABHV), vê com grande preocupação a proposta. “Hoje preciso renovar meu título de profissional a cada cinco anos. Agora, bastariam dois anos de residência ou uma pós-graduação latu sensu para alguém ser considerado perito em determinada dimensão terapia, enquanto a solução não prevê nenhuma mudança no processo ao qual eu sou obrigado a me subordinar”, critica.

Embora o CFMV preveja diferenciações nos RQUEs de pacto com o patamar da pós-graduação, Rabelo demonstra inquietação. “Democratização não pode ser confundida com precarização. E convém também questionarmos uma vez que passará a ser o papel das associações profissionais, cuja atuação em prol da qualificação da veterinária pode permanecer comprometida. Se eu conquisto um certificado de cimalha nível com facilidade, o que motivará minha filiação e a aposta em mais treinamentos”, contesta. 

Para o executivo, a Solução 935/2009, que rege a atuação dos conselhos; ou mesmo a 1.649/2025, novidade regulamentação para a publicidade veterinária, poderiam já ter açambarcado essa discussão sobre os registros em vez de se gerar um novo texto.

Longo debate

O debate sobre o reconhecimento formal de especialistas na medicina veterinária vem sendo discutido há anos. Em 2018, o CFMV propôs uma solução sobre o tema. No entanto, o texto foi suspenso devido a críticas de segmento da categoria e dos conselhos regionais, que citaram a falta de diálogo e o risco de elitização da profissão uma vez que as principais preocupações

O ponto foi retomado em 2023, com a geração de um grupo de trabalho constituído por representantes do CFMV, conselhos regionais (CRMVs) e sociedades de especialidades, o que deu início a uma novidade lanço de construção participativa. Em seguida a audiência, as contribuições apresentadas serão analisadas e sistematizadas para subsidiar a elaboração da minuta da novidade solução, que será posteriormente encaminhada ao plenário do CFMV para avaliação.