O comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo de Menezes, afirmou em entrevista ao Metrópoles nesta quinta-feira (30/10) que o fuzil é o principal fator de desequilíbrio da segurança pública no estado. A enunciação foi dada em seguida a megaoperação nos complexos do Boche e da Penha, que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais.
“O fuzil é o que motivo o grande transtorno no Rio de Janeiro. Sem o fuzil, eles não podem dominar, não podem agir. Isso iria enfraquecer essas instituições”, disse o comandante.
Ele destacou que, em unicamente um dia de operação, a PM apreendeu 91 fuzis — número superior ao totalidade registrado durante todo o ano de 2024 no estado da Bahia.
“Basta ver que, num único dia de operação, apreendemos 91 fuzis, mais do que todo o ano de 2024 no Estado da Bahia, que apreendeu 89”, afirmou Menezes.
Segundo o comandante, o Estado do RJ já ultrapassou o recorde histórico de apreensões. “Já ultrapassamos o número de 700 fuzis apreendidos num ano, lembrando que o ano pretérito é o recorde da série histórica, com 632 fuzis. Estamos no final do mês de outubro e atingimos a marca de 700 fuzis.”
Menezes avaliou que os resultados da operação são motivo de reflexão sobre a ingresso e circulação de armas de cimo calibre no estado. “É um número para comemorar, mas também gera uma constatação e uma reflexão de que há uma facilidade de chegada desse tipo de equipamento que gera um poder muito lesivo.”
