
Quem decide empreender precisa mourejar com as decisões financeiras para que, além de manter o negócio operando, haja uma segurança financeira que garanta a aposentadoria. Para quem define o próprio pró-labore, é preciso considerar não somente os custos mensais com a tributo junto à Previdência Social, mas também o que isso pode valer no porvir.
Muitos empreendedores adotam a estratégia de definir um pró-labore sobre um salário mínimo, para prometer a segurança que a Previdência Social proporciona em relação a coberturas uma vez que o salário-maternidade, auxílio por incapacidade permanente ou temporária, além da aposentadoria. Mas é preciso lembrar que essa aposentadoria será referente à tributo de um salário mínimo, o que nem sempre pode resguardar as despesas mensais na vetustez.
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Qual a hora certa de pensar na aposentadoria?
Para o planejador financeiro Jeff Patzlaff, profissional em investimentos, a hora certa para inaugurar a investir para a aposentadoria é sempre o mais rápido verosímil. A razão é simples: o tempo. Ele é o maior coligado do investidor, pois permite que os juros compostos trabalhem a seu obséquio, mesmo com pequenas contribuições.
“A dica para encaixar a tributo para uma previdência privada no orçamento é listar suas despesas fixas e variáveis. E, depois, reservar um percentual recorrente da sua renda mensal. Pode inaugurar pequeno, por exemplo, 5%, é melhor do que não inaugurar”, orienta Patzlaff. Ele ressalta que é verosímil aumentar esse valor gradualmente, conforme a renda cresce.
Quanto remunerar para a previdência?
O economista Fabio Giambiagi, pesquisador associado do FGV/Ibre, defende que o autônomo pague a Previdência Social sobre um pró-labore próximo ao valor que quer lucrar na aposentadoria, porque esta é a única estratégia que vai prometer uma renda perpétua, ou seja, até a morte.
Já nos planos privados será preciso “ajustar a conta” do quanto irá viver. “Imagine a tensão, você já idoso, vendo que o moeda do projecto privado está acabando e você está longe de morrer”, alerta. Uma cena que não traz consolação para ninguém.
Josias Bento, planejador financeiro e sócio da GT Capital, defende a estratégia de planejar a aposentadoria considerando a previdência pública e privada, o que não exclui a premência de prever quanto será a própria expectativa de vida.
“Se a pessoa está contribuindo com um salário mínimo junto à Previdência Social e tem condições financeiras de contribuir sobre dois salários, a estratégia é investir essa diferença em uma previdência privada, porque ela constrói patrimônio e faz os juros compostos trabalharem ao seu obséquio”, diz.
Atenção privativo para autônomos
Para quem é autônomo ou empreendedor, a preocupação com a aposentadoria deve ser redobrada. Patzlaff explica que, embora a tributo para o INSS garanta uma rede de proteção social (uma vez que auxílio-doença e pensão por morte), ela pode não ser suficiente para manter o padrão de vida desejado no porvir.
“Fazer previdência privada junto ao INSS é uma jogada inteligente”, afirma. “O INSS cobre uma segmento das necessidades, mas pode não ser suficiente para manter o padrão de vida que você quer aos 65 anos. A previdência privada ajuda a complementar isso, garantindo uma renda suplementar e com flexibilidade”.
A relevância de um bom projecto
Ao escolher um projecto de previdência privada, é crucial entender as opções disponíveis. Patzlaff e Bento indicam os planos PGBL e VGBL. O PGBL permite descontar até 12% da renda tributável na enunciação completa do Imposto de Renda, mas a cobrança de IR incide sobre o valor totalidade. Já no VGBL, o imposto é cobrado exclusivamente sobre os rendimentos.
Outras opções de investimento para complementar a carteira são CDBs, Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, que oferecem segurança e boa rentabilidade, principalmente em cenários de juros altos. O planejador também cita o Tesouro Renda+, uma modalidade que combina IPCA com uma taxa fixa, buscando lastrar segurança e propagação.
Outrossim, dá para montar uma carteira diversificada, sugere Bento. “Zero impede do investidor ter mais de uma estratégia de investimentos em previdência na carteira, por exemplo 70% em fundos de renda fixa, 20% em renda variável e 10% em criptos, vai depender da estratégia de cada investidor”, afirma.
Considerando um CDI de 14,9% ao ano, a Selic em 15% ao ano, e um IPCA aglomerado de 12 meses de 5,23%, Patzlaff fez uma simulação com alguns investimentos que podem trazer renda perpétua de R$ 5.000 considerando planos de aposentadoria começando aos 25, 30, 35, 40 e 45 anos. O investidor deve permanecer sengo porque os cálculos mostram um cenário que pode não se repetir ao longo de todo o projecto de previdência, já que as variáveis são flutuantes ao longo do tempo.



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