A PF (Polícia Federalista) cumpre na manhã desta quinta-feira (9) mais uma período da operação “Sem Desconto”, que investiga descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Pátrio do Seguro Pátrio).
Estão sendo cumpridos 66 mandados de procura e inquietação nos estados de São Paulo, Sergipe, Amazonas, Rio Grande do Setentrião, Santa Catarina, Pernambuco, Bahia e no Região Federalista. Os mandados foram expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federalista).
A CNN confirmou que um dos alvos da operação é o Sindnapi (Sindicato Pátrio dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), das quais presidente, Milton Baptista de Souza Fruto, tem testemunho marcado para esta manhã junto à CPMI (Percentagem Parlamentar Mista de Sindicância) do INSS.
A entidade é um dos focos da oposição por ser a mesma ligada a um dos irmãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). José Ferreira da Silva, espargido uma vez que Frei Chico, é diretor vice-presidente da instituição.
Em nota, os advogados do sindicato manifestaram “surpresa” com as buscas e disseram não ter tido aproximação aos autos da decisão. “Mas reitera seu integral repúdio e indignação com quaisquer alegações de que foram praticados delitos em sua gestão ou que foram realizados descontos indevidos de seus associados”, acrescentam (veja a íntegra do expedido inferior).
Segundo a Polícia Federalista, a “ação de hoje tem o objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes uma vez que inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.
Desde que o esquema bilionário de fraudes foi revelado, em abril, os investigadores deflagraram uma série de operações. Na mais recente, em 12 de setembro, a PF prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, espargido uma vez que “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti.
O “Careca do INSS” seria um intermediário dos sindicatos e associações, recebendo os recursos que eram debitados indevidamente dos aposentados e pensionistas, e repassando secção deles a servidores do Instituto ou familiares e empresas ligadas a eles.
A PF afirma que, ao todo, pessoas físicas e jurídicas ligadas ao “Careca do INSS” receberam R$ 53.586.689,10 diretamente das entidades associativas ou por intermédio de suas empresas.
Já Camisotti é investigado uma vez que um dos beneficiários finais das fraudes envolvendo associações ligadas a beneficiários. O empresário tem recusado as acusações.
Quando o esquema foi revelado, as autoridades estimaram um rombo de murado de R$ 6 bilhões envolvendo entidades e associações representativas.
Testemunho à CPMI do INSS
Em testemunho à CPMI do INSS no último dia 25, o “Careca do INSS” negou que suas empresas tenham relação com fraudes no Instituto.
Ele afirmou ainda que passou a atuar na superfície em 2017, por meio da venda de um aplicativo que fornecia serviços uma vez que descontos em farmácias e seguros de vida. O empresário negou, porém, que tenha recrutados associados ou acessado o sistema do INSS.
Veja a íntegra da nota do Sindnapi
O Sindicato Pátrio dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI), por meio de seus advogados, manifesta sua surpresa com o cumprimento de mandados de procura e inquietação na manhã de hoje em sua sede em São Paulo, muito uma vez que na moradia de seu Presidente e alguns Diretores, em operação deflagrada pela Polícia Federalista em novidade período da “Operação Sem Desconto”.
Esclareça-se que os advogados não tiveram aproximação ao questionário policial, ao teor das razões da representação policial ou dos fundamentos da decisão que autorizou a deflagração da medida cautelar, mas reitera seu integral repúdio e indignação com quaisquer alegações de que foram praticados delitos em sua gestão ou que foram realizados descontos indevidos de seus associados.
A exemplo do procedimento adotado nas demais demandas judiciais, o SINDNAPI comprovará a lisura e legitimidade de sua atuação, sempre em prol de seus associados, garantindo-lhes a pundonor e reverência que são devidos.
*Com informações de Caio Junqueira, Emilly Behnke, da CNN Brasil, e da Filial Câmara
