Ordinário estágio
O Anuário aponta que melhorar a qualidade da instrução depende de recursos e infraestrutura adequados
Só 9,9% dos alunos do 3º ano do ensino médio têm aprendizagem adequada (Foto: Registo – Filial Brasil)
Exclusivamente 9,9% dos alunos do 3º ano do Ensino Médio em Goiás possuem aprendizagem adequada em Língua Portuguesa e Matemática, segundo o Anuário Brasílio da Instrução 2025, divulgado nesta quinta-feira (25). Os dados revelam ainda que o desempenho no Ensino Fundamental também é preocupante: 47,1% dos estudantes do 5º ano e 23,3% do 9º ano têm estágio adequado nessas disciplinas.
O levantamento, que traz informações detalhadas sobre mais de 1,5 milhão de matrículas e 63 milénio professores em Goiás, mostra que a instrução infantil também enfrenta desafios. Sete a cada 100 crianças não ingressam na pré-escola, e 70% das escolas dessa lanço possuem parque infantil.

No ensino fundamental, a estrutura das escolas evidencia desigualdades estrutural e econômica da região: 40,7% não têm rede de esgoto, 39,7% não possuem climatização, enquanto laboratórios de ciência e informática são encontrados em menos da metade das instituições. Já no ensino médio, 65,7% das escolas têm laboratório de informática, 47,4% laboratório de ciências e 84,7% quadra de esportes.
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O Anuário aponta ainda a distribuição das matrículas pelas redes de ensino com a maior secção dos alunos na rede estadual, seguida pela municipal e privada, enquanto o número de professores do sexo feminino representa 81,6% do totalidade. A gestão escolar também é majoritariamente feminina, com 82,2% dos diretores mulheres.

O estudo mostra que em Goiás, apesar de alguns avanços, a aprendizagem e a infraestrutura das escolas ainda enfrentam grandes desafios, principalmente no ensino médio e nos anos finais do fundamental, afetando o porvir dos estudantes. As dificuldades aparecem não só nos resultados de estágio, mas também na falta de entrada a recursos básicos e tecnológicos, porquê laboratórios de ciência e informática, salas climatizadas e quadras esportivas.
Especialistas alertam que essas carências podem prejudicar a formação dos alunos e limitar suas oportunidades no porvir, destacando a urgência de políticas públicas mais fortes e investimentos contínuos para reduzir desigualdades e melhorar a qualidade da instrução em todo o estado.
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