Em prova à CPMI (Percentagem Parlamentar Mista de Sindicância) do INSS (Instituto Vernáculo do Seguro Social), nesta quinta-feira (23), o ex-procurador-geral da autonomia Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Rebento negou que tenha padrinhos políticos e defendeu sua atuação no missão.
“Reitero que todos os cargos por mim assumidos, os cargos em percentagem, foram de indicações técnicas. Não sou político, não tenho paraninfo político, sou apartidário e sempre desempenhei minhas funções com base na Constituição e sem questões políticas”, afirmou.
Virgílio destacou ainda que ocupou funções em diferentes governos e que esteve nos postos por indicação técnica.
À CPMI, Virgílio destacou que a investigação em que é citado ainda está em curso. “Não sou indiciado, não sou réu, muito menos réprobo”, destacou.
O relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União-AL), questionou o porquê de Antônio Carlos Camilo Antunes, publicado uma vez que “Careca do INSS”, ter estado em reunião com membros do Ministério da Previdência e do INSS, mas ele não soube responder.
Gaspar ainda questionou aumento do patrimônio estimado em quase R$ 18 milhões de Virgílio identificado pela investigação. O depoente afirmou que “não procede”, mas preferiu optar pelo silêncio e não justificar.
Testemunho
Virgílio está entre os servidores afastados posteriormente operação deflagrada pela PF (Polícia Federalista) e a CGU (Controladoria-Universal da União), em abril deste ano, para apurar descontos em aposentadorias e pensões. Também nesta quinta a CPMI ouviu a empresária Thaisa Hoffmann Jonasson, esposa de Virgílio.
Segundo investigação, Virgílio teria ratificado um entendimento técnico que levou ao desbloqueio em lote de benefícios para descontos associativos a pedido da Contag (Confederação Vernáculo dos Trabalhadores na Cultivação), uma das entidades envolvidas no caso.
Uma vez que mostrou a CNN Brasil, a investigação da PF aponta que a esposa de Virgílio e empresa teriam recebido valores milionários de empresas ligadas a Antonio Carlos Camilo Antunes, publicado uma vez que “Careca do INSS”. Há repasses suspeitos ligados a outros familiares.
Requerimentos que embasaram a convocação apontam que relatórios de investigação indicam que Virgílio Rebento teria recebido quase R$ 12 milhões de empresas intermediárias e supostamente criadas para operar o esquema.
