A Ternium será a única controladora da Usiminas (USIM5), pondo término a uma disputa com a Nippon Steel. A siderúrgica mineira informou que a Nippon Steel, em conjunto com a Mitsubishi Corporation (Grupo NSC), venderam a totalidade de suas ações para a Ternium, saindo, dessa forma, da companhia mineira, da qual faziam segmento desde a sua instalação.

A Ternium anunciou a compra da participação remanescente da Nippon Steel no grupo controlador da Usiminas por US$ 2,05 por ação, conforme o entendimento de acionistas de julho de 2023.

O negócio, de US$ 315,2 milhões em numerário, envolve 153,1 milhões de ações ordinárias e eleva a fatia da Ternium no conjunto de controle de 51,5% para 83,1%. Em seguida a desenlace, o Grupo Ternium passará a paralisar 92,9% do grupo controlador (71% das ações ordinárias), enquanto a Previdência Usiminas manterá 7,1%.

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O Bradesco BBI avalia que os investidores podem debutar a questionar se a Ternium poderia retomar a estratégia de 2022 de simplificar sua estrutura corporativa e, potencialmente, considerar uma fechamento de capital (delisting) da Usiminas.

Do ponto de vista estratégico, na avaliação do BBI, ter 100% da Usiminas seria positivo para a Ternium, pois permitiria conquistar sinergias de custos e de logística.

Em termos financeiros, analistas do BBI destacam que a Ternium apresenta uma posição de caixa líquida robusta, de US$ 715 milhões.

Faceta e diluidora

Apesar da transação “fazer sentido” estrategicamente, o Morgan Stanley classifica ela uma vez que rosto e diluidora. O preço de compra por ação de R$ 11,1 (considerando R$ 5,39/USD) se compara ao preço de fechamento de ontem de R$ 5,44 para as ações ordinárias da USIM3 (Usiminas) e representa um múltiplo P/L de 19,8 vezes sobre a estimativa de LPA (Lucro por Ação) da Usiminas para 2026, contra múltiplos P/L de 6,8 vezes e 9,9 vezes, respectivamente, estimados para a Ternium e a Usiminas em 2026.

O Morgan Stanley também ressalta as opiniões divergentes sobre a transação, com a Ternium vendo potencial no mercado siderúrgico brasílico e buscando levar a Usiminas ao seu “pleno potencial”. Por outro lado, a Nippon afirmou que a venda de suas ações na Usiminas visa evitar maiores riscos de desvalorização, já que a empresa não espera uma recuperação significativa no Brasil em um horizonte próximo.

Para a Usiminas, o Morgan Stanley acredita que o traje de a Ternium ter consolidado o controle da empresa, juntamente com a Previdência Usiminas, provavelmente agilizará ainda mais o processo de tomada de decisões na Usiminas e ajudará a estugar as melhorias operacionais da empresa.

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