Paolo Di Sora, CIO da RPS Capital, participou do Stock Pickers.

A recuperação da Bolsa argentina e o fortalecimento político do presidente Javier Milei reacenderam o otimismo de gestores que mantêm posições no país. Entre eles está Paolo Di Sora, CIO da RPS Capital, que reafirmou sua persuasão na tese de investimento argentina, mesmo depois meses de potente volatilidade. “Noventa por cento do motivo pelo qual sigo investindo na Argentina é sociológico”, disse. “O povo prateado está, de vestuário, pedindo por mudança.”

A fala de Di Sora faz referência ao que ele considera uma transformação estrutural na sociedade argentina — um movimento que, segundo o gestor, transcende o pequeno prazo e sustenta uma visão de longo prazo para os ativos do país. Depois um período de queda de 40% na Bolsa sítio, o mercado se recuperou com força, impulsionado pela percepção de que Milei consolidou pedestal político e pelo reforço geopolítico vindo dos Estados Unidos.

Di Sora relembra que, quando lançou seu fundo com foco na Argentina, o mercado reagia de forma cética e a volatilidade era intensa. “Nosso fundo nasceu porquê um long bias exatamente para velejar essa montanha-russa sem que o investidor morresse no meio do caminho”, explicou. Mesmo diante das oscilações, a estratégia conseguiu limitar perdas e agora colhe ganhos expressivos com a viradela do mercado.

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A aposta da RPS e o pedestal norte-americano

O gestor, que participou do Stock Pickers, apresentado por Lucas Collazo, destacou que um dos principais fatores que reforçaram sua persuasão foi o recente movimento geopolítico dos Estados Unidos. Ele lembra que Washington e o Tesouro americano passaram a concordar claramente a Argentina, oferecendo linhas de swap de até US$ 20 bilhões e incentivando bancos a financiar projetos locais.

“Os Estados Unidos resolveram optar a Argentina porquê um ponto estratégico na América Latina”, afirmou Di Sora. “Isso muda completamente o risco de rabo do país. O risco cambial diminuiu enormemente com esse backstop americano.” Ele compara o cenário atual ao do México nos anos 1990, quando o país recebeu suporte dos EUA depois a crise do peso e nunca mais enfrentou colapsos macroeconômicos.

Além do pedestal internacional, o gestor cita fundamentos internos sólidos: contas fiscais equilibradas, dívida controlada e prolongamento nas exportações, principalmente pela expansão do projeto de robustez Vaca Muerta.

“Hoje a Argentina é um país fiscalmente estragado e com fluxo de dólar na veia. O melhor ainda está por vir”

— Paolo Di Sora, CIO da RPS Capital.

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