A tradicional sarau de Nossa Senhora Aparecida foi realizada com um novo noção na 27ª edição, e o ponto supino das celebrações foi nesse domingo, dia da padroeira do Brasil e da capital. O evento levou, para quem foi à Esplanada dos Ministérios, uma mensagem de esperança com o tema: “Maria, Mãe da Esperança”. Com atividades religiosas, shows, corrida de rua e a missa, o Espaço da Padroeira recebeu os fiéis para comemorar esta data tão próprio aos católicos.
O momento mais aguardado pelo público foi a missa solene com a procissão luminosa em honra a Nossa Senhora Aparecida, com padres e fiéis de todo o Região Federalista caminhando pela via da Esplanada dos Ministérios. Na procissão, foram feitas três bençãos: pelas famílias, os doentes e os governantes. O pároco, cardeal Paulo Cezar Costa, presidiu a celebração. Depois da missa, a programação cultural fechou o dia com barraquinhas e shows no Palco da Padroeira.
O pároco de Brasília, cardeal Dom Paulo Cezar, destacou que o momento de celebração foi além da devoção: “Nós celebramos Nossa Senhora Aparecida num ano todo próprio, que é um ano jubilar, onde somos convidados a ser os peregrinos da esperança”. Segundo o cardeal, a fé ajuda a sociedade a olhar para o horizonte com crédito, mesmo em tempos difíceis.
Na sarau religiosa, o cardeal Dom Paulo também refletiu sobre o papel de Brasília porquê símbolo de esperança para o país. Em um cenário vernáculo e internacional de desafios sociais e incertezas, para ele, festejar a esperança na sarau da padroeira do Brasil em Brasília tem um significado de força unificadora. O cardeal considera que a cidade tem um papel social relevante na construção de um horizonte mais solidário. Ele acredita na vocação de Brasília porquê meio de união, diálogo e renovação. “Se Brasília sonha, o Brasil pode sonhar. Se os homens e mulheres cá têm uma visão verdadeiramente unida em prol da pundonor humana e do muito geral, o povo brasílico pode ter esperança”, finalizou.
Padre destaca Brasília porquê símbolo de esperança
As festividades de Nossa Senhora começaram no dia 3 de outubro, com programação na Catedral e na Esplanada dos Ministérios, renovando a tradição com várias novidades. O evento foi nomeado de “Nossa Senhora Aparecida em Brasília”. Foram nove dias de preparação místico para o dia 12 de outubro, vividos intensamente pelos fiéis de Brasília, porquê explicou o pároco da Catedral Metropolitana, Padre Agenor Vieira de Brito. Segundo ele, quem participou pôde viver o momento chamado de “capital da perdão e da fé”, com missas diárias, procissões, momentos de reza e atividades para todas as idades. O tema meão das festividades foi “Maria, Mãe da Esperança”, porquê resposta a um tempo marcado por crises e divisões. “Celebramos com fé esse momento tão próprio, e Maria vem nos lembrar que a esperança é principal em tempos de desafios na política, na família e na religião”, afirmou.
A data de Nossa Senhora Aparecida também é o dia dos pequeninos, por isso, a sarau teve um espaço devotado às crianças, com atividades voltadas à evangelização, e para os jovens, que participaram do Jubileu da Juventude. “As crianças são os próximos cristãos. Precisamos olhar para elas, oportunizando a experiência de fé, desenvolvimento e testemunho, para ter no horizonte cidadãos com toda a consciência, tanto social quanto religiosa, para vivermos num país melhor”, disse. O sacerdote apontou que essa sarau de Nossa Senhora Aparecida reforça, assim, o papel de Brasília porquê capital da esperança e da fé no coração do Brasil.
A programação contou, pela primeira vez, com uma corrida de rua, e o sacerdote explicou que o objetivo era unir a saúde com o bem-estar físico e místico. “Logo, zero mais justo do que promover a fé através dos esportes, para que as pessoas estejam muito, não só fisicamente, porquê espiritualmente”, comentou.
Com muitas atrações para o ano de 2025, a estrutura montada na Esplanada contou ainda com uma instalação da Passarela da Fé, inspirada em Aparecida (SP). A iniciativa permitiu que romeiros e pagadores de promessa se aproximassem da imagem da padroeira, para que pudessem fazer pedidos e amarrar fitinhas de santo na passarela.
A estudante de enfermagem Lauana Oliveira, 20 anos, veio de Samambaia Setentrião para a sarau da padroeira. Essa foi a primeira vez dela no evento de Brasília, já que Lauana é do Piauí e está na capital do Brasil há um ano. “Meu natalício é no Dia de Nossa Senhora Aparecida e, na minha antiga cidade, tem uma capela para ela, que eu sempre frequentava”, comentou. Ela aproveitou a ocasião e foi na Passarela para fazer um pedido à padroeira da qual é devota. “Eu pedi que todos os meus sonhos se realizem e que ela nunca me abandone, porque até hoje ela nunca me abandonou. Eu sou muito apaixonada por Nossa Senhora”, disse.
No domingo, os fiéis também rezaram o rosário com o Instituto Hesed, com um momento de reza levado pelas irmãs da lar, que, em um via do YouTube, reúnem tapume de 300 milénio pessoas em reza pela internet nas madrugadas. A Mana Maria Raquel afirmou que o instituto se alegrou por estar presente na sarau da Padroeira de Brasília e do Brasil. “É uma alegria muito grande poder contribuir, de forma pequena, com essa grande sarau, através da recitação do Santo Rosário, com o quina e os louvores entoados à Santa Mãe de Deus”, declarou. Para ela, estar em Brasília foi uma grande experiência, por poder estar junto com as pessoas, louvando a Aparecida e praticando a fé.

A enfermeira Andressa Fernandes Gonçalves, 24 anos, estava na Esplanada com a mãe, a diarista Cristina Fernandes de Souza, 48 anos. Elas sempre comparecem à tradicional sarau da padroeira. Andressa contou que a família é da Paróquia São José, do Lúcio Costa. “Achei incrível o evento esse ano, cada momento estava muito próprio. Cresceu bastante a sarau”, comentou. Ela amou mormente a Passarela da Fé, onde amarrou uma fitinha com um pedido próprio.
Cristina afirmou que vem à sarau há muitos anos, que já perdeu as contas de quantas edições ela e a família participaram. “Nessa celebração, a gente consegue sentir muita tranquilidade no coração. Eu não consigo deixar de participar”, ressaltou. Além de Andressa, Cristina comentou que o marido também estava na Esplanada, trabalhando na sarau cristã.
