A obesidade deixou de ser somente um repto individual para se tornar uma das maiores questões de saúde do nosso tempo. No Brasil, mais de 60% dos adultos estão supra do peso e muro de 30% já convivem com obesidade.

Esses números impressionam e reforçam que não se trata de uma questão de semblante, mas sim de uma quesito crônica, progressiva e com várias causas, que exige informação de qualidade, protecção e políticas públicas eficazes.

Obesidade é doença, não falta de vontade

A ciência reconhece a obesidade uma vez que uma doença complexa, influenciada por fatores genéticos, metabólicos, hormonais, ambientais e psicológicos. Ainda assim,
muitas vezes ela é reduzida, de forma injusta, a uma suposta “falta de disciplina”.

Essa visão simplista alimenta o preconceito e agrava as dificuldades vividas diariamente por milhões de pessoas. É fundamental compreender: a obesidade não
é culpa do quidam. Encarar o tema dessa maneira só atrapalha a prevenção e o tratamento.

Além das consequências físicas, o impacto emocional também é enorme. Olhares de julgamento e estigmas sociais afetam a autoestima e a saúde mental. Combater a
discriminação é, portanto, secção importante da prevenção. Em um envolvente hospitaleiro, as chances de adoção de hábitos saudáveis e seguimento médico adequado aumentam consideravelmente.

Prevenção: o caminho mais eficiente

Embora diferentes tratamentos estejam disponíveis, é na prevenção que está o maior poder de combate à obesidade. Pequenas escolhas diárias, uma vez que manter uma
alimento equilibrada, praticar atividade física regularmente, dormir muito e evitar o consumo excessivo de vitualhas industrializados, podem proporcionar grandes
benefícios.

Prevenir significa não somente reduzir o risco de doenças uma vez que diabetes, pressão subida, apneia do sono e alguns tipos de cancro, mas também depreender melhor
qualidade de vida e diminuir a pressão sobre o sistema de saúde.

No entanto, a responsabilidade não pode ser somente do quidam. É fundamental gerar ambientes que favoreçam escolhas saudáveis. Medidas públicas consistentes —
uma vez que regular a publicidade de vitualhas industrializados dirigida às crianças, incentivar esportes e ampliar o entrada a vitualhas frescos e nutritivos — são indispensáveis.

O combate à obesidade deve intercorrer em escolas, empresas, cidades e governos. É uma transformação que deve ser coletiva. Neste Dia Pátrio da Prevenção da Obesidade, a mensagem que precisa ser reforçada é clara: obesidade vai muito além da estética, é uma questão de saúde. Prevenir começa com informação alcançável, políticas responsáveis e, supra de tudo, saudação.

*Texto escrito pelo Head Pátrio de Endocrinologia da Brazil Health e endocrinologista Filippo Pedrinola (CRM/SP 62253 | RQE 26961)